Quando as crianças chegaram havia dezenas de materiais a disposição. Desde tinta, pincel, tecido, papéis, lantejoula, até plumas coloridas, óculos, nariz de palhaço, chapéu de sertanejo, uma infinidade de coisas. Apesar de todas essas coisas legais e atraentes, a atividade propõe como única regra da brincadeira que todos criem fantasias e personagens utilizando como base um nada belo saco de lixo!!!
Pois é... e as crianças não estranharam não. Acharam tudo muito possível e, em duplas ou trios, foram logo tratando de vestí-lo e adequá-lo ao seu estilo.
Pouco a pouco toda aquele monte de materiais e acessórios que estavam sobre a mesa, foi tomando novos usos, servindo como cinto de um, antena de outro, tapa olho, enfim.
A imaginação e o improviso rolaram livre e levemente nessa tarde. Sem perceber o tempo passar, um instigante mundo de ficção foi construido alí, por todos nós. Sinto-me até incapaz de tentar reproduzir o universo surreal, místico e mágico criado em cada personagem.
Histórias trágicas, histórias hilárias, personagens do dia a dia, pessoas sem nome, palhaços, sereias, ogros, até o diabo atravessou a nossa tarde. Sobre nosso palco improvisado no parquinho, todas as crianças tiveram a oportunidade de se apresentar, criador e criatura lado a lado. Frankeinstein teria se divertido.
Naquela altura já não havia melhor ou pior fantasia, todas eram muito interessantes. Mas como havíamos prometido para as crianças que daríamos prêmios às fantasias mais criativas, tivemos que fazer algumas escolhas. E escolhemos em terceiro lugar o xerife sangrento, em segundo lugar a trashmetal Loira do Banheira e em primeiro lugar nossa encantadora Sereia!
No fim das contas todos receberam alguma espécie de prêmio e foram para casa cheio de histórias para contar... durante mais um dia.
Nossa encantadora sereia:
A loira do banheiro:
O xerife sangrento com o coração na mão:
A pop star:
A patricinha morta:
A Patricinha de verdade:
A Sei-lá-quem (é esse mesmo o nome dela!):
A mulher que sangra:
A Palhaçinha:
O monstro de cinco olhos, que tem um nome bem sério mas eu esqueci de anotar:
E o Diabo, que não podia faltar:
Com as mãos na massa:
